Didáctic@ da Língua em Rede - Ensino Básico 1º Ciclo

sábado, setembro 30, 2006

Ainda a TLEBES

Esta actualização e novidade terminológica parecem-me necessária, se implicar, de facto, uma uniformização dos termos na aprendizagem da gramática da Língua.
Isto solicitará decerto, em primeira instância, uma reciclagem terminológica, para professores. Mas não é, exactamente, isto que se pede a um professor? Uma actualização constante dos seus conhecimentos?
Não é por aqui que entendo qualquer inconveniente neste processo. Parece bem melhor que assim seja, do que proceder a mudanças pontuais constantes.
Numa primeira análise, parece-me evidente a necessidade de acompanhar o progresso dos estudos gramaticais. A Língua não é estática, como sabemos, deste modo, parece-me plausível a necessidade de reorganizar uma referência gramatical capaz de dar resposta aos novos problemas que vão surgindo.
Não lhe conheço as mudanças efectivas (o que vai, de facto, mudar e de que forma), mas a ideia, em geral, parece-me aceitável.

Inês Martins

TV: PORTUGUÊS

Uma informação mais simples e, julgo, bem elucidativa de como vai o português no "NOSSO PORTUGALITO" é aquela que dá no canal 1 (BOM PORTUGUÊS:penso que é esse o nome) todas as manhãs, de 2a a 6a feira (intercalada com o telejornal das 8 da manhã). Não exige que percamos muito tempo a vê-la e mostra-nos, claramente, aquilo que como futuros professores deveremos evitar!!! Às vezes sinto vergonha ao ouvir e ver como se fala e escreve tão mal português. Não será esta a nossa língua materna??...

Joana Figueiredo

sexta-feira, setembro 29, 2006

Termos gramaticais mudam progressivamente até 2009

A Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), isto é, os novos termos gramaticais que, a partir de 2009, se generalizarão obrigatoriamente a todos os níveis de ensino, está a levantar alguma polémica. Há professores aflitos com a necessidade de reciclagem e alguns criticam a mudança em curso.T
ermos como anáfora ou catáfora entrarão no uso corrente das aulas de Português. Albina Lobo, professora da disciplina no 3.º Ciclo e Secundário, diz-se preocupada com a falta de capacidade de formação dos docentes por parte do Ministério da Educação (ME).
Inês Duarte, especialista envolvida na TLEBS, contrapõe com o facto de os termos em causa serem comuns na literatura da especialidade, sendo responsabilidade de quem ensina manter-se actualizado na respectiva áreado conhecimento.
A Associação de Professores de Português (APP) concorda com a homogeneização em curso e que se processará por fases a experiência será generalizada em 2006/07 ao 3.º, 4.º, 5.º e 7.º anos, terminando em 2009/10, com o 9.º ano.
Álvaro Gomes, pedagogo, prestou ao DN e a uma rádio declarações particulamente críticas relativamente à complexidade ou novidade dos termos da TLEBS. A nomenclatura oficialmente em vigor até 2004 datava de 1967, com inovações avulsas a partir de 1975 e de 1991. De acordo com a APP e com Inês Duarte, da TLEBS, é comum encontrar grandes disparidades nos termos gramaticais usados pelos professores de Português.
Paulo Feytor Pinto, presidente da APP, lembra que substantivo e nome são uma e a mesma coisa, tal como complemento de objecto directo e complemento directo. Artigo, determinante ou ainda determinante artigo configuram outro exemplo da variedade contida no ensino da Gramática.
Inês Duarte sublinha que deve haver bom senso na aplicação da TLEBS. "Não há vantagem em que um miúdo do primeiro ciclo saiba o que significa uma anáfora, mas o professor deve saber porque esse é o seu domínio de especialidade". Por outro lado, na substância tudo fica igual. "É claro que 'hecatombe' continua a ser um nome". Muda a forma e de designação, mas não a substância.

Programa TV: "Cuidado com a Língua"

A RTP1 estreia esta sexta-feira, pelas 21:00, "Cuidado com a Língua", um programa sobre como bem falar e escrever correctamente a língua portuguesa.
Nos quinze minutos de programa, vai falar-se da história e da influência de palavras do nosso léxico ou das diferenças de significado de palavras e expressões entre o português de Portugal, do Brasil, Angola e Moçambique.
Serão também identificados e corrigidos erros, estrangeirismos habitualmente mal empregues e redundâncias utilizadas no vocabulário quotidiano.
Deste modo, acho que é um programa interessante, informativo... que nós, futuros professores, deveremos ver.
Posteriormente, quem quiser poderá dar a sua opinião sobre o que viu...

Abraço André Rodrigues

quinta-feira, setembro 28, 2006

As TIC no ensino-aprendizagem das Línguas

"A utilização das TIC no ensino-aprendizagem de línguas: o projecto Galanet no contexto europeu de promoção da intercompreensão em Línguas Românicas. O caso do PLE."

Sílvia MELO 1
L@LE - Laboratório Aberto para a Aprendizagem de Línguas Estrangeiras
Departamento de Didáctica e Tecnologia Educativa
Universidade de Aveiro - Portugal

Resumo

O conceito de intercompreensão, entendido grosso modo como possibilidade de "hablar cada uno su lengua y entender la de su interlocutor – sobre todo si es de la misma familia lingüistica" (Hermoso, 1998), tem surgido como fio condutor de numerosos projectos europeus de ensino-aprendizagem de línguas e de formação de professores.

Estes projectos, que frequentemente se consubstanciam na produção de produtos multimédia (EuRom4, Galatea) ou de plataformas na Internet (Iglo, Galanet), pretendem responder às crescentes demandas de preservação da heterogeneidade linguística da Europa, numa clara política de promoção do plurilinguismo e do multiculturalismo europeus.

É com base neste quadro didactológico e político brevemente esboçado que apresentaremos o projecto Galanet ("Site pour le developpement de l'intercompréhension en Langues Romanes"), que pretende colocar à disposição de falantes "romanófonos" um dispositivo de desenvolvimento das capacidades de intercompreensão em Espanhol, Francês, Italiano e Português com base na realização de módulos de auto-formação nestas línguas e de actividades de comunicação plurilingue on-line (chats, fóruns de discussão e e-mail), organizados em torno do desenvolvimento de um trabalho de projecto inter-equipas. Focalizar-nos-emos nas potencialidades e obstáculos que uma plataforma deste tipo coloca ao nível do ensino-aprendizagem do Português Língua Estrangeira, partindo das intervenções dos aprendentes que estiveram envolvidos na primeira experimentação do site Galanet e das estatísticas das participações que este nos permitiu recolher.

Texto integral: 23 páginas "A utilização das TIC no ensino-aprendizagem de línguas: o projecto Galanet no contexo teuropeu de promoção da intercompreensão em Línguas Românicas. O caso do PLE." - Sílvia Melo PDF | 753 Kb
Fonte: http://www.aulaintercultural.org/article.php3?id_article=1643

JMCouto

TLEBES

Publicada nova Terminologia Linguística"Diário da República"

No dia 24 de Dezembro de 2004, foi publicada a portaria1488/2004 que aprova a Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário de Portugal, disponível no endereço ele(c)tró[ô]nico do "Diário da República" . Este documento, que prevê um período experimental de três anos, vem substituir a Nomenclatura Gramatical Portuguesa, em vigor desde 1967 (Portaria 22 664/67 de 28 de Abril).
A Terminologia Linguística divide-se em quatro grandes domínios identificados com letras:

A – Língua comunidade linguística, variação e mudança
Este domínio contempla os aspectos que, de algum modo se relacionam com a política da língua e tem seis subdivisões: Comunidade linguística; Língua e falante; Variação e normalização linguística; Tipologia linguística; Contacto entre línguas e Mudança linguística.

B – Linguística descritiva
Inserem-se neste domínio os aspectos relativos à Língua Portuguesa enquanto língua específica, ou seja à sua gramática. Divide-se em sete subdomínios: Fonética e fonologia; Morfologia; Classes de palavras; Sintaxe; Semântica lexical; Semântica frásica e Pragmática e linguística textual.

C – Dicionário (lexicografia)
Faz-se nesta secção a descrição dos diversos tipos de dicionário, bem como da sua estrutura interna.

D – Grafia (Representação gráfica da linguagem oral)
Descrevem-se neste domínio os diversos sistemas de escrita e os sinais auxiliares da escrita.
Os domínios A, C e D são genéricos, enquanto o domínio B se centra nas características do português europeu. A estrutura geral do domínio B corresponde aos aspectos a ter em conta na análise da língua portuguesa. Como inovação surge um subdomínio intitulado Classes de palavras, distinto da Morfologia (em que se estudam as palavras varáveis) e fazendo, de certo modo, a ponte entre este e a Sintaxe.

A Terminologia Linguística contemplada na Portaria 1488/2004 é fruto do trabalho de uma equipa de investigadores que elaborou, igualmente, uma base de dados em que se define cada um dos termos e em que se apresentam exemplos ilustrativos de cada situação.

Preocupações do André Rodrigues

«Subscrevo todos os elogios que os meus colegas disseram sobre o blog.
Tambem aproveito para lançar uma pergunta: neste ano lectivo vai se iniciar a reforma gramatical, em que vão surgir novos termos gramaticais substituindo outros como por exemplo, os advérbios passam a ser denominados como modificadores....Gostaria de saber o que pensam sobre este assunto, se concordam com esta revisão dos termos gramaticais? e se necessitamos de mais informação sobre este assunto?»
André Rodrigues
28/9/06 11:39



A questão do André é pertinente. A TLEBES (Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário) é uma realidade. Lamentavelmente, aindadispomos de pouca informação sobre o assunto, nomeadamente uma gramática actualizada. Tudo ficará como antes. O que muda é a terminologia utilizada.
Em pesquisas efectuadas antes do Verão, informaram-me que tal gramática seria publicada em breve. Contudo, ainda não a conheço. Toda a informação disponível encontra-se apenas em suporte informático.
Sobre a TLEBS podem consultar a página da APP (Associação de porfessores de português - ver "links" neste blog).

Este poderá ser um espaço de discussão também desta matéria, se assim o entender a turma. Espero é que nela participem todos(as).
Um abraço
JMCouto

quarta-feira, setembro 27, 2006

Encontro sobre WebQuest

Caros(as) colegas e alunos(as)

Agradeço que divulguem a informação relativa ao "Encontro sobre WebQuest", a
decorrer na Universidade do Minho, em Gualtar, em 20 de Outubro de 2006.

O público alvo são professores do 1ºCEB ao Ensino Secundário. Agradece-se
também o envio da mensagem aos estagiários das licenciaturas em ensino.

Inscrições: até 30 de Setembro 35€
Depois 1 de Outubro 40€
Estudantes de licenciatura 17€

http://www.iep.uminho.pt/encontro.webquest/inscricao.htm

Mestre José Alberto Lencastre