Didáctic@ da Língua em Rede - Ensino Básico 1º Ciclo

terça-feira, novembro 07, 2006

Memória Final - Texto poético no 1º Ciclo

Colegas:
Gostaria de conhecer a vossa opinião quanto à pertinência da introdução do texto poético no 1ºciclo?Pretendo colher algumas das vossas opiniões para que também a minha possa construir-se mais solidamente. Isto porque o meu tema de memória final abarca este assunto e eu gostaria de saber até que ponto vocês se consideram aptos a abordar esta tipologia textual, em contexto de sala.A minha ideia é enriquecer-me a este nível e julgo que trocando ideias nos vamos enriquecendo uns aos outros.PROPONHAM!OPINEM!PARTILHEM!
JOANA FIGUEIREDO

posted by ESE Jean Piaget - Canelas - PEB-1º Ciclo, 4º Ano at 7.11.06

5 Comments:

  • Joana,
    só uma pessoa sensível e atenta à realidade pedagógica poderia escolher um tema destes. Desejo-te clarividência e uma atitude séria, empenhada, científica e didáctica na abordagem da problemática que decidiste tratar.

    Na poesia está tudo. Um professor que trabalhe o texto poético com os seus alunos consegue o objectivo mais elevado da educação: motivar os alunos para a descoberta/conquista de si, do Outro e da vida.
    Vamos abordar esta temática nas nossas aulas. Espero se deixem contagiar pela palavra poética.

    Um abraço
    JMCouto

    By Anonymous Anónimo, at 8/11/06 09:33  

  • Desde cedo que a criança se sente muito desperta para o texto poético...
    A criança aprende a falar pelo jogo associativo de sons que vai desvendando na sonoridade, ritmo e melodia das palavras.
    Brincar com elas parece fazer parte da aquisição dos processos linguísticos. Primeiro com os sons e depois com sentidos e significados.
    Para além de desenvolver a linguagem e vocabulário, parece-me que o texto poético pode desenvolver, em muito, a acto de pensar. Pensar o mundo metaforicamente, pensar em relação, desenvolvendo a sensibilidade e abstracção.
    É o que de mais fascinante encontro nas potencialidades do texto poético – que, inevitavelmente, tem uma carga muito pessoal e reflexiva.

    O meu trabalho da disciplina é sobre as rimas infantis, processo a desenvolver (em fase anterior) na introdução ao texto poético. Num sentido de oralidade, as rimas infantis desenvolvem, exactamente, a brincadeira sonora entre as palavras.
    Claro está que, o texto poético vai muito além da rima, no entanto, parece-me ser um ponto de interesse para a sua iniciação.

    Teria imenso gosto em discutir o tema contigo! PARTILHAR, de facto, opiniões e propostas de abordagem (que em formato de comentário não poderei estender).
    De resto, tenho a desejar Bom Trabalho… Que o tema que te apaixonou, se alargue ao interesse de TODOS!

    Um sorriso,
    Inês Martins


    P.S. Peço aos gestores do blog para anularem o anterior comentário. Só depois de o publicar me apercebi que continha demasiados erros de pontuação, bem como ideias, linguisticamente, confusas.
    Obrigada.

    By Anonymous Anónimo, at 12/11/06 20:03  

  • Parece-me que este é um tema que não é de fácil "discussão", pois poucas pessoas o conhecem ou, pior ainda,não querem conhecer!A forma deselegante com que muitos professores continuam a fugir ao texto poético é assustadora. A atitude da turma está a confirmá-lo!De novo lanço o debate, estando disponível para qualquer dúvida neste âmbito!E REFORÇO: SÓ QUEM SE ABEIRA MAIS ATENTAMENTE DO TEXTO POÉTICO SE APERCEBE DAS SUAS POTENCIALIDADES. Porque quem vira costas à poesia, está a virá-las, ao mesmo tempo, a muitas outras manifestações artísticas, emocionais, afectivas e comportamentais!As vertentes lúdica e pedagógica brotam na poesia. "Eu acreditava e acreditem que acredito cada vez mais que possuir semelhante "crença" não é acreditar demais" (um trocadilhosinho que me apeteceu escrever) em forma de dizer: É ESTA A TENDÊNCIA!Falem comigo, apesar de eu não poder estar sempre presente, poi não tenho internet em casa.
    Hope you like it all!
    Joana Figueiredo

    By Anonymous Anónimo, at 17/11/06 22:33  

  • O texto poético tem alguma abstracção implícita. Para crianças tão pequenas esta tarefa pode afigurar-se de alguma complexidade, se não for, devidamente, desenvolvida.
    Penso, portanto, ser de grande importância incentivar o pensamento poético, o pensamento sensível perante o mundo.
    Ora, uma forma de desbloquear o pensamento poético poderá partir de imagens (do concreto), quer imagens a vivenciar pela descrição, imaginação, e questionamento, quer imagens a construir pela palavra. Aqui refiro-me à poesia gráfica.
    Numa folha branca os alunos poderiam expressar as suas ideias, livremente, em pequenas frases criando, com as mesmas, traços e coloridos de maneira a construir uma visualização da essência da ideia expressa. O ‘Quadro das ideias’ é um título que me sugere esta actividade, onde o aluno se constrói exprimido sensações.
    Também aqui se poderá fazer um importante trabalho para o desenvolvimento do pensamento poético – a exploração dos sentidos. Uma poesia tem som, tem cheiro, tem paladar (que mais não seja por ser um alimento do espírito), quase que lhe sentimos o toque.
    O texto poético tem a capacidade abordar o objecto, o acto, ou a imagem mais simples e ‘indiferente’, de forma a que não mais seja sentida (ou não sentida) como tal.
    Seguindo esta linha parece-me necessário despertar a criança para o que a rodeia, para a simplicidade complexa, para a valorização do que se não pensado poeticamente passar-nos-á ao lado como ‘coisa banal’.

    São duas sugestões que, amadurecidas, talvez se possam constituir num plano de desenvolvimento do pensamento poético.
    Espero que te possam ser úteis, que mais não seja para te certificares do caminho que não queres seguir…;)

    Um sorriso,
    Inês Martins

    By Anonymous Anónimo, at 19/11/06 03:32  

  • Grata pelas sugestões que te posso dizer possuirem viabilidade para se abordar o texto poético. Por outro lado posso tão somente dizer-te, e respondendo-te na linguagem filosófica da tua memória, que a pretensão máxima do trabalho que estou a desenvolver é precisamente promover esse tal crescimento que não é o da "mesmidade".
    Julgo não necessitar dizer-te mais nada, pois relativamente a esse conceito muito mais terás tu para me dizer!
    See you soon - Bjito
    JOANA FIGUEIREDO

    By Anonymous Anónimo, at 21/11/06 22:43  

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