Fases do ensino em Portugal
Olá caros colegas. Recebi este email e gostaria de o partilhar convosco.
Fases do ensino em Portugal:
1ª fase (antes de 1974): O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor.
2ª fase (até 1992): O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar.
3ª fase (actual): O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um "curriculum vitae" extremamente detalhado do aluno e em alguns casos, da própria família.
4ª fase ( em vigor a partir de 2007): O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco, quase certo, de chumbar...
Apetece acrescentar uma 5ª fase:
Os alunos que saibam escrever o seu nome sem erros, nem precisam matricular-se. Têm acesso directo ao Conselho de Ministros como consultores privados do 1º Ministro, equiparados a Chefe de Gabinete, com direito a subsídio de almoço e de transporte.
Sara Santos
Fases do ensino em Portugal:
1ª fase (antes de 1974): O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor.
2ª fase (até 1992): O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar.
3ª fase (actual): O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um "curriculum vitae" extremamente detalhado do aluno e em alguns casos, da própria família.
4ª fase ( em vigor a partir de 2007): O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco, quase certo, de chumbar...
Apetece acrescentar uma 5ª fase:
Os alunos que saibam escrever o seu nome sem erros, nem precisam matricular-se. Têm acesso directo ao Conselho de Ministros como consultores privados do 1º Ministro, equiparados a Chefe de Gabinete, com direito a subsídio de almoço e de transporte.
Sara Santos
3 Comments:
:) … A consciência bem-humorada do estado de coisas na Educação. Uma preocupação concreta partilhada por todos os professores (sem querer ser demasiado generalista) …
Qual o valor do professor, afinal? Onde a sua dignidade?
Por vezes, sinto tentarem fazer da profissão um “Big Brother” onde a vigia é constante, onde o espaço e poder de acção são de tal forma delimitados que apenas fica a sensação de não sermos competentes o suficiente para “dar conta do recado”…
Concordo com a avaliação do professor e exijo-a, assim como exijo a avaliação de todo e qualquer profissional, na procura da ascensão pelo mérito. No entanto, este processo parece estar a ser conduzido como ataque ao professor, ataque à sua inteligência e competência…
Do poder absoluto do professor à sua anulação completa… Será?!
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Anónimo, at 7/11/06 02:44
Não acredito que o papel e o "poder" do professor se tenham vindo a anular. Acredito que um bom professor deixa marcas indeléveis nos seus alunos. Um professor sábio, amigo, dedicado, amante, incansável e que sabe entrar em diálogo, olhos nos olhos com os seus alunos, deixando-se contagiar pela vida que neles e deles jorra incessantemente é, certamente, um bom professor.
Lanço um desafio: que cada um de nós possa neste espaço recordar algum dos melhores professores que tivemso ao longo da nossa formação. O que é que mais apreciamos? O que é, para nós, ser professor?
Posteriormente far-se-á uma síntese e publicá-la-emos no blog.
O que é que acham da ideia?
Desta partilha poderá surgir um novo olhar sobre esta realidade.
Um abraço.
JMCouto
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Anónimo, at 8/11/06 09:49
Clara de Resende – Porto… 12º ano… O meu professor de Filosofia…
Um professor que encaixa na perfeição em todas as palavras que, apaixonadamente, utiliza para descrever o bom professor!
Nunca me permitirei esquecê-lo!
Um professor que me alertou, implicitamente, para olhar o Mundo com autonomia, com sensibilidade e visionamento.
É difícil adjectivá-lo… Passo, contudo, a descrever alguns momentos que ainda me acompanham.
Um professor que, me ensinou o verdadeiro sentido da Liberdade...
- Tens a liberdade de agir, responsavelmente. - Dizia-nos constantemente.
Depois da sua pausa, (que lhe é típica), uma pausa gritante tal é profundidade com que nos Vê, acrescentava:
- Mais do que um direito a liberdade é um dever!
Perto de uma janela, certa vez distrai-me por completo com um pequeno pássaro que saltitava nuns ramos de uma árvore, que timidamente se esgueirava para dentro da sala (talvez para sonhar connosco).
O professor aproximou-se e olhando na direcção do meu olhar pediu-me, baixinho, para nunca abandonar o sonho de poder voar.
Imediatamente, debrucei-me sobre o livro e pedi desculpa…
- Fazer-vos pensar é o meu objectivo, não é necessário que pensem na mesma coisa ao mesmo tempo. Se é esse pássaro que te motiva, hoje… voa com ele!
Claro que naquele dia tive que fazer em casa o que não fiz naquela aula, tal como me sugeriu! No entanto, fi-lo sem hesitar, fi-lo com liberdade!
Uma das obras que tivemos que estudar foi Górgias de Platão. Raciocínio que o professor tão bem conseguia reportar para a actualidade.
Uma colega disse um dia que ao estudar a obra conseguia visualizar todos os momentos. Imaginava-os nos dias de hoje, num qualquer café a fazer serão, pensando sobre tudo, pensando sobre o (aparente) simples acto de pensar.
Na aula seguinte, propôs, então, uma aula diferente. Num sábado próximo combinou encontrar-se, com aqueles que quisessem, no ‘Majestic’ em Santa Catarina, para discutirmos a obra ou simplesmente para lanchar e conversar um pouco.
Surpreendente… foi uma tarde maravilhosa, um momento de partilha, de união, um encontro de motivações…
Recordo com carinho estes momentos! Um professor fascinante que me ensinou o fascínio que é poder PENSAR…
Um professor que pela proposta conseguia mover os alunos, motivá-los, educá-los!
Eu fui uma das privilegiadas…
Obrigada pela proposta!
Um sorriso,
Inês Martins
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Anónimo, at 10/11/06 02:55
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