Didáctic@ da Língua em Rede - Ensino Básico 1º Ciclo

quarta-feira, novembro 01, 2006

Alteração do Estatuto da Carreira Docente

Terminaram sem acordo as negociações sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente. A Plataforma de Sindicatos, acusa o Governo de fazer "uma declaração de guerra" à profissão de professores. Os docentes têm acusado sitematicamente a tutela de "intransigência e inflexibilidade". Entre as alterações que mereceram a maior contestação da classe, constam a divisão da profissão em duas categorias e a integração dos pais no processo de avaliação dos professores.A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem insistido na mudança, salientando que o que existe "não serve para obter melhores resultados na escolas, como ficou provado nos últimos dez anos, em que esteve em vigor".
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) declarou o seu "desacordo absoluto" relativamente ao novo estatuto de carreira proposto pela tutela, ameaçando com novos protestos, no final do que considera ter sido "um dos processos mais anti-negociais" de sempre.Para a maior federação sindical de professores, o Estatuto de Carreira Docente (ECD) proposto pela tutela terá "consequências gravíssimas", como o aumento do desemprego e da instabilidade, a desvalorização dos salários "para níveis dos anos oitenta", a degradação das condições de trabalho nas escolas e a diminuição da qualidade do ensino.
Ao ler esta notícia fiquei apreensiva enquanto futura professora. Cada vez são mais os desentendimentos entre os sindicatos dos professores e a ministra da Educação. São preocupantes as previsões da Fenprof, ao alegar que estas alterações vão originar ainda mais desemprego na classe docente e que os professores poderão ser avaliados pelos encarregados de educação. Esperemos que esta situação não piore cada vez mais...
Catarina Miranda

1 Comments:

  • Sou solidária com a tua preocupação, Catarina. E não é para menos… O futuro afigura-se cada vez mais incerto!
    O bloqueamento do diálogo parece-me manifesto, quer por parte do Ministério, quer por parte dos professores. A “declaração de guerra” de que falas parece-me ter sido subscrita por ambos os lados.
    É escandalosa a forma como este assunto está a ser conduzido. A Ministra, efectivamente, não evidencia abertura para o diálogo, no entanto, os professores também não parecem saber fazê-lo. Chego a corar, quando vejo professores na rua, de cartazes vergonhosos em punho, gritando barbaridades que nada têm a ver com a reivindicação…
    A verdade é que ainda não ouvi, uma sugestão por partes destes… É fácil negar a mudança, mas o que é facto é que a Educação não pode continuar nestes moldes, a começar pelos critérios de selecção dos docentes. Como fazer? Teremos disponíveis os mecanismos suficientes para a mudança? Que necessidades?
    Estas parecem-me ser questões necessárias ao diálogo entre ambos os lados (que aliás se deviam constituir como único) em prol de um bem comum.

    Honestamente, concordo com a perspectiva do Ministério, mas parece-me que necessita de alguns ajustes quanto à sua implementação. Os critérios de avaliação, por exemplo, precisam de ser, devidamente, especificados (em conjunto), de forma a estabelecer um sistema de avaliação junto e criterioso, para proveito de uma cultura de mérito…

    Aqui entre nós, já fui apelidada de ingénua… Mas, sem medo de o parecer… Acredito! É preciso encontrar novas soluções! Estas “já não servem”… não há que negar! Não se concorda com as propostas? Proponham outras… não chega gritar que não!

    By Anonymous Anónimo, at 4/11/06 03:45  

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