Didáctic@ da Língua em Rede - Ensino Básico 1º Ciclo

sábado, novembro 04, 2006

Aborto - Sim ou Não?

Recebi um e-mail com uma apresentação em PowerPoint que gostaria de partilhar convosco, mas não é possível através do blog.
Enquanto via a apresentação, questionei-me se temos o direito de pôr em causa a vida de um bebé?
Como podem ver na imagem, é um feto com 1 mês de gestação e já se conhece muitas partes do seu corpinho.
Qual é a vossa opinião? Sim ou Não ao aborto?
Susana Lourenço

8 Comments:

  • Talvez ninguém diga SIM ao aborto. Defender a sua despenalização não é o mesmo que defender a sua prática.
    Quanto a mim, confesso que ainda não me posicionei, firmemente, nesta questão.
    Quando penso no sim à despenalização, penso nas mães que sabem não poder criar (mais) um filho, naquelas que, categoricamente, não o querem e ainda nas que o maltratam, já em estado intra-uterino. Penso nas mães que o tiveram contrafeitas (e não se fala apenas em violação). Penso também naquelas mulheres que são forçadas a um aborto clandestino, por “patrões” e “pseudo-maridos” (uma vez apanhadas serão estas mulheres a penalizar).
    No entanto, pergunto-me: Não existirão alternativas? Não irá a despenalização do aborto banalizá-lo de alguma forma? Esta medida, por si só, trará reais benefícios?
    Talvez conduza a uma solução enganosa. Acredito que muitas mulheres, não lhe recorreriam se tivessem oportunidade de criar o seu filho dignamente, se beneficiassem de reais apoios.
    Ainda se encara como meramente intuitiva a gestão familiar. É preciso fazer chegar a todos não somente informação (que por si só nada vale), mas formação sexual e familiar.
    O aborto far-se-á sempre, o que pode variar é as condições em que é feito. O que pode variar também é a não necessidade de lhe recorrer, se outras alternativas forem viabilizadas – apoios educacionais e financeiros, acesso a um efectivo planeamento familiar, acesso à formação sexual.

    Este debate parece-me muito pertinente, mas, neste contexto, pergunto ainda: Por onde andam as políticas de natalidade de que tanto precisamos?

    By Anonymous Anónimo, at 4/11/06 02:41  

  • Penso que este tema é muito complexo e não podemos simplesmente dizer sim ou não, pois cada caso é um caso.
    Mas para poderem ponderar a vossa opinião aqui vai o endereço de um vídeo que a mim me impressionou bastante...

    http://youtube.com/watch?v=RsH-UFtzMIE

    Beijos
    Dalila Gomes

    By Anonymous Anónimo, at 4/11/06 10:54  

  • Acho que estás a falar da mesma apresentação que eu vi. Também a mim me fez questionar sobre se temos ou não o direito a pôr fim a uma vida, mas tal como diz a Dalila, cada caso é um caso, e penso que é preciso ter consciência daquilo que se faz. Um aborto dá que pensar, e assim como vimos na apresentação, é mesmo uma vida dentro de uma mulher, que pede para viver porque tem esse direito e também ser ter a oportunidade de ser feliz e fazer com que gostem dele.

    By Anonymous Anónimo, at 4/11/06 13:12  

  • Não pretendo tomar nenhuma posição, pelo menos para já, muito menos ferir susceptibilidades. Mas enquanto reflectia sobre este tema, surgiu-me uma questão.
    A nossa lei não prevê o aborto, mas se ocorrerem malformações no feto, o aborto pode realizar-se. Neste sentido questiono-me sobre a igualdade de direitos, ou seja, se o feto tiver uma deformação congénita(for deficiente)a mãe pode decidir sobre o seu futuro, pois neste caso o aborto já é legal.
    Então será que os deficientes não têm direito à vida??
    Na minha opinião tudo isto não passa de hipocrisia, pois mesmo sendo uma excepção à nossa lei, não deixa de ser um aborto...
    Beijos
    Dalila Gomes

    By Anonymous Anónimo, at 5/11/06 21:26  

  • Na minha opinião, este é um tema que sempre será muito discutido e nunca se vai conseguir chegar a um acordo...
    É certo que nenhuma mãe tem o direito de tirar a vida a um filho mas também é desumano ver bebés a serem mortos à nascença, por não serem desejados. Ainda na semana passada, vi no telejornal que foi encontrado um bebé do sexo masculino no caixote do lixo já sem vida e as autoridades suspeitam de homicídio. Parece difícil de acreditar mas é verdade. E assim me pergunto se não teria sido melhor ela ter abortado logo no início do que chegar a este ponto?
    Por outro lado, é certo que mesmo que esta prática seja proibida, será sempre feita na clandestinidade. Por isso, se o referendo for para a frente, muitos debates na televisão vamos ter a oportunidade de assistir e até lá, terei tempo para ponderar a minha decisão.
    Bj, Catarina Miranda

    By Anonymous Anónimo, at 6/11/06 00:01  

  • Dalila:
    A legalização do aborto, em primeira instância não obriga ninguém a faze-lo… apenas o despenaliza! (Pelo menos no contexto em que falas, Dalila)
    O deficiente tem todo o direito à vida, no entanto infelizmente nem toda a gente tem o “direito” de o educar… Sem querer tomar a questão por uma perspectiva materialista, a deficiência parece não ser encarada como um “direito” até “legalmente”. Em papel pinta-se a deficiência de cor-de-rosa, no entanto que reais apoios existem? Talvez um caso de sucesso em cinco?! …Alguém tem que servir como demonstração de sucesso (aparente) do sistema…
    Compreendo quando fazes, inteligentemente, o paralelo entre os direitos do feto saudável e aquele com má formação… Compreendo a hipocrisia que aí encontras!

    Defendo a Vida… Mas acima de tudo, defendo a sua dignidade! E que dignidade têm aqueles que sem viver, sobrevivem a pedinchar aquilo a que (aparentemente) têm direito?
    Não podemos encarar o aborto como única solução… Talvez nem seja esta de facto uma solução! Talvez se apresente como solução apenas para aqueles que por “direito” nada fazem pela dignidade da Vida…Talvez… No entanto, deverão as mulheres que não encontram outra alternativa ser penalizadas por isso?

    By Anonymous Anónimo, at 6/11/06 00:33  

  • Parece que a apresentação de Powerpoint correu vários computadores... Depois de a ver fiquei bastante tocada e se tinha algumas dúvidas em relação a este assunto, elas desapareceram! É muito cruel... E se aquela criança fosse eu? ou tu? vossas não gostam da vossa vida? eu gosto de viver... Por isso, vamos deixar a decisão de viver ou morrer nas mãos daquele que tem verdadeiramente esse poder... DEUS!
    BJS Cátia Sousa

    By Anonymous Anónimo, at 6/11/06 20:48  

  • Daniel:
    Questões pertinentes para as quais também aguardo, ansiosamente, uma resposta…
    “Não sigam o caminho mais fácil…” excelente remate, porém pergunto: esse apelo dirige-se a quem, especificamente?

    Cátia:
    Será o Deus de que falas responsável pela morte daqueles que aparecem em caixotes do lixo (como nos ilustra a Catarina)? Daqueles que morrem, interiormente, dia após dia, enquanto esperam em vão por um abraço de uma mãe? Será esse Deus responsável pela morte negligente?
    Não me parece... A vida também está nas nossas mãos. E se nenhuma medida tomarmos para que o direito à vida se afigure como real, não será Deus que fará isso por nós.

    By Anonymous Anónimo, at 6/11/06 23:22  

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