Didáctic@ da Língua em Rede - Ensino Básico 1º Ciclo

domingo, novembro 12, 2006

Até quando a impunidade?

Infelizmente as notícias deste género têm vindo cada vez mais a serem frequentes. Indubitavelmente, os alunos têm direitos. No entanto, é imprescindível que conheçam os seus deveres e serem adequadamente penalizados na infracção.
Seria adequado que a Sr.ª Ministra se lembrasse destes (frequentes) casos e promulgasse algo em protecção dos Docentes no Estatuto da Carreira Docente.


Estudante agrediu professora e semeou o pânico na escola

Uma professora da Escola Básica de Cabeça Santa, Penafiel, foi agredida a murro por um aluno de 13 anos, na passada terça-feira. Está grávida e, após a agressão, recorreu ao Hospital do Vale do Sousa, receosa de perder o bebé. É a segunda vez que, durante este ano lectivo, o adolescente agride violentamente um professor. O rapaz foi suspenso, mas, ontem, tentou ir à escola. Foi preciso chamar a GNR para impedi-lo de entrar no estabelecimento de ensino.
Na passada terça-feira, a professora de Inglês chamou-o à atenção por mau comportamento e terá avisado de que o punha fora da sala de aulas. Só que o aluno encrespou-se e deu um murro na professora, como consta da participação interna, feita por um funcionário. A professora, moradora em Gondomar, está grávida e entrou em pânico, sendo preciso transportá-la ao Hospital Padre Américo do Vale do Sousa, receosa de um aborto espontâneo. Felizmente, nada de anormal aconteceu.

Fonte Jornal de Notícias
On Line em 11 de Novembro de 2006


Noel Gonçalves

2 Comments:

  • Infelizmente esta é a realidade das escolas um pouco por toda a Europa dita civilizada. Tenho vindo a insistir que falta disciplina na escola, na sala de aula, o que mais não é do que um reflexo do que acontece em casa de cada uma das crianças.

    Penso que a sociedade está toda ela mergulhada profunda numa crise de violência e falta de valores.

    Acrescento que muitos professores não se fazem respeitar, entregando-se verdadeiramente aos seus alunos, preocupando-se com eles... Quando assim acontece, os alunos nutrem o maior respeito pelos professores e são incapazes de os defraudar. Pelo contrário, estimam-nos, confiam neles e respeitam-nos.

    O que fazerpara alterar este estado de coisas?
    Um abraço
    JMCouto

    By Anonymous Anónimo, at 12/11/06 17:45  

  • É um tema muito pertinente aquele que abordas, Noel, bem como chocante o episódio que descreves (um em muitos, tantas vezes não divulgados pela vergonha da situação.)
    As crianças parecem ter deixado de encarar os adultos como modelo de experiência e de saber, passando a entende-los como os ‘cotas’ que nada percebem!
    O adulto já não se afigura como modelo de maior sabedoria! Como pessoa a ouvir e respeitar!
    Porquê?
    Talvez por não serem ouvidos também. As crianças muitas vezes não são ouvidas, não se sentem foco de preocupação! Muitas recorrem à violência para se fazerem ouvir, até mesmo para serem ‘paradas’! Dão aquilo que conhecem. Ninguém pode respeitar o outro se não conhece, por experiência, o respeito!
    Talvez, também, por serem deixadas, muito facilmente, à sua ’livre’ vontade! Fazem o que querem, porque são ‘livres’ de o fazer!
    As crianças não encontram em casa a figura de autoridade (não se confunda autoridade com autoritarismo). É imprescindível ao crescimento uma figura reguladora das vontades…

    É neste sentido, que por vezes penso que a autoridade do professor é completamente anulada!
    O que se ouve frequentemente é: “Estes miúdos de hoje são os mal-educados. Vão para a escola e não aprendem nada!”.
    Primeiro a Educação começa em casa. Segundo, quando o professor tenta desenvolver a disciplina naqueles que parecem viver sem regras em casa, são estes mesmos pais que confrontam (por vezes, também violentamente) os professores. Porque ‘podem’, porque também estes não encaram o professor com respeito.
    O professor, na verdade, parece nem ser entendido como modelo de autoridade pelos próprios pais!

    É impressionante, de facto, como é possível a impunidade com que se trata estes casos! Socialmente, o professor não é respeitado… As crianças apercebem-se disso, usam isso, porque ‘podem’...
    É triste a ideia da necessidade de proteger o professor dos seus próprios alunos!!! No entanto, se Família e Escola não se unirem em prol do desenvolvimento saudável da criança, começa a ser muito pertinente exigir tal protecção…


    Um sorriso,
    Inês Martins

    By Anonymous Anónimo, at 12/11/06 21:22  

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